terça-feira, 19 de outubro de 2010

INTOLERÂNCIA À LACTOSE – FIQUE ATENTO!


Atualmente a questão do leite está sendo bastante discutida em inúmeros artigos científicos. Alguns apontam relatos positivos e negativos sobre o consumo de leite. Na Europa e EUA isto já vem sendo documentado e reportado há muito tempo.
Em estudos já se sabe que as sociedades primitivas não tinham introdução do leite de vaca após o aleitamento materno e que esta prática começou há 6 mil anos atrás. As inúmeras revoluções na alimentação foram feitas de ordem bastante rápida e o homem ainda não conseguiu se adaptar a isto tudo.

Nosso genoma que é responsável pelas nossas características e situações metabólicas entre outros, se adapta de acordo com o meio ambiente. Como as alterações nos padrões alimentares e meio ambiente foram acontecendo rapidamente algumas pessoas ainda não conseguiram acompanhar este processo e outras já conseguiram. O homem ainda está adaptado para o estilo de vida caçador-recoletor. Ou seja, este padrão de vida sedentário, com alimentos prontos, industrializados, cheios de conservantes, agrotóxicos, gorduras e alimentos alterados ainda não foi reconhecido pelo nosso genoma.

O caso do leite é aplicável a este fenômeno. A maioria da população não está preparada fisiologicamente para o leite de vaca. Muitos não conseguem produzir a quantidade de lactase, enzima que digere o carboidrato da lactose do leite e tem uma série de alterações metabólicas e de sinais e sintomas. Outro fator é que inúmeras pessoas também são intolerantes a proteína do leite levando a mecanismos como a inflamação crônica (responsável por inúmeras doenças e inclusive alterações de peso), hiperpermeabilidade intestinal, disbiose, diminuição da destoxificação no fígado dentre outros.

Outro fator importante é que esta adaptação do genoma também é aliado a individualidade bioquímica. Cada ser é único, com necessidades especiais, adaptações individuais e por isso não é tudo que é aplicável para todos. O fato do leite de vaca é um exemplo disto. Sabe-se por milhões de estudos os inúmeros efeitos do consumo do leite de vaca, mas existem pessoas que são adaptadas a ele e não tem nenhuma alteração maléfica.

O leite de vaca não é o mesmo de anos atrás. A indústria conseguiu piorar muito a qualidade nutricional do leite por adição de hormônios nas vacas, conservantes e sua acidez aumentou muito. O que é pesquisado também e que tem bastante relato científico é que o cálcio do leite não é absorvido pelo nosso corpo. Este fato se deve a questão de quantidade não equivalente para a absorção de magnésio e por isso há uma competição entre cálcio e magnésio, o pH do leite prejudica esta absorção e os hormônios e antibióticos como a tetraciclina também, concentrações inadequadas de vitamina K. Já se tem muito reportado que o leite de vaca não resolve a osteoporose. Mas este assunto é para ser abordado em outro artigo.

Agora veja aqui alguns sintomas e sinais de intolerância ao leite:
- Aparecimento de acne;
- Aumento da pressão arterial;
- Aumento na insulinemia;
- Aumento na incidência de câncer;
- Artrite reumatóide;
- Esclerose múltipla;
- Doença de Crohn
- Intolerância a lactose ( os sintomas são: flatulência, caimbras intestinais, diarréia, inchaço abdominal, náuseas, vômitos, dor abdominal)
- Aumento no peso;
- Aumento do colesterol total e LDL;
- Caspa;
- Asma, bronquites e outras doenças respiratórias;
- Celulites.

O dado aqui mais importante que tem que ser salientado é que existem inúmeros estudos que também comprovam os efeitos positivos do leite mas é importante saber que cada organismo reage de uma forma e que a maioria dos estudos apontam que as pessoas tem intolerância seja a proteína do leite ou a lactose. O que é interessante ser feito é uma consulta com um nutricionista que está capacitada a verificar por aplicações de questionários de sinais e sintomas além de exame como Biotest se o paciente tem esta intolerância ou não.
Daniela Pini – Nutricionista Ortomolecular

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